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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Cacau

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Chegou a ser vendido nas farmácias como produto medicinal e a rivalizar com as casas de chá de Inglaterra. Embora não seja aditivo, há quem admita ser “viciado” em chocolate. Nesse caso, vai gostar de saber que o preto garante mais cacau por menos açúcar.

O cacau chegou à Europa pela mão de Cristóvão Colombo. Foram os espanhóis os primeiros a beneficiar do seu valor comercial, e também os responsáveis pela disseminação das sementes nas ilhas do Caribe e no território Africano, onde actualmente é cultivado. Pouco a pouco, o consumo da bebida do cacau começou a propagar-se entre os círculos mais elegantes das cortes europeias, e em Inglaterra, as casas onde se servia esta bebida chegaram mesmo a rivalizar com as casas de chá. O cacau era ainda vendido nas farmácias como produto medicinal.

No século XIX, também os portugueses estiveram envolvidos na produção de cacau, nomeadamente através das suas vastas plantações nas colónias das ilhas São Tomé e Príncipe. Nessa época, Portugal foi um dos maiores produtores mundiais de cacau.
Em 1828, o químico holandês Van Houten, ao tentar obter uma bebida mais fina do que a original, descobriu que, utilizando o processo de prensagem, era possível eliminar 2/3 da gordura do cacau e reduzir a matéria a um pó – hoje conhecido como cacau em pó -, que, quando misturado com água ou leite, originava uma bebida mais leve e fina: o chocolate quente. Deste processo, resultava ainda uma gordura que solidificava à temperatura ambiente, mas que mantinha o cheiro e o sabor do cacau, a chamada pasta de cacau. Em 1847, uma empresa inglesa de nome Fry & Sons, misturou a pasta de cacau com açúcar produzindo aquela que viria a ser, provavelmente, a primeira barra de chocolate preto comercializada.

Pó e bebida: estimulante e diurético
Do ponto de vista terapêutico, o chocolate em pó, quando misturado com água ou leite quente, constitui uma bebida estimulante alternativa ao café, uma vez que estimula o sistema nervoso central e o coração de maneira análoga à da cafeína, embora de forma mais fraca. A bebida é ainda um alimento energético, útil em dietas de pessoas convalescentes, em caso de anginas e bronquites, no combate às nefrites, fraquezas orgânicas, esgotamento físico, e diurético no estímulo das funções urinárias. A manteiga de cacau é boa para curar fissuras nos lábios e nos bicos dos seios, e tratar pele ferida ou com bolhas. Na indústria farmacêutica, o cacau é utilizado como correctivo do cheiro e do sabor de determinadas fórmulas, e a manteiga na manufactura de drageias, supositórios e cosméticos.

Segundo publicações médicas recentes, a teobromina, um dos alcalóides encontrados no chocolate, pode diminuir ataques persistentes de tosse e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento de novos fármacos. De facto, esta substância actua inibindo a actividade do nervo vago, localizado no crânio, que é responsável pela coordenação da musculatura envolvida nos ataques de tosse. Os cientistas acreditam que a teobromina é um terço mais eficaz que a droga codeína, a substância actualmente utilizada para tratar estes casos, e que causa menos efeitos secundários do que os tratamentos convencionais.

Chocolate afrodisíaco
Desde sempre se sugeriu que o chocolate tem propriedades afrodisíacas - os astecas pensavam que conferia vigor aos homens e desinibia as mulheres. De facto, o consumo do chocolate induz a uma sensação de prazer, que pode ser explicada pelas suas propriedades físicas. Investigadores ingleses acreditam que é a manteiga de cacau, constituinte maioritário do chocolate, e em especial o teor de estearatos desta, os responsáveis pela forma sólida do chocolate à temperatura ambiente, mas também pelo efeito “derrete-se na boca” do chocolate quando em contacto com a temperatura corporal. Existe ainda no chocolate um composto químico, chamado triptofano, que é um precursor bioquímico utilizado pelo cérebro para produzir serotonina - neurotransmissor responsável pela sensação de relaxamento e de contentamento. E também feniletilalanina, anti-depressivo natural e promotor de sentimentos de atracção e excitação. Contudo, como estes compostos existem em pequenas quantidades no chocolate, é ainda controverso o seu envolvimento na produção dos efeitos tipicamente associados a estas substâncias.

Chocolate preto: mais cacau por menos açúcar
Embora o chocolate não seja um alimento fisicamente aditivo, manteve inalterável, desde a altura dos astecas até aos dias de hoje, o seu poder de conquista. Deve, no entanto, ser consumido em moderação, como todos os alimentos ricos. Escolha preferencialmente o chocolate preto, pois tem um teor superior de cacau, e proporcionalmente menos açúcar e gordura que o chocolate de leite, e também mais flavonóides, compostos antioxidantes que protegem os vasos sanguíneos, as células e os tecidos das lesões provocadas pelos radicais livres (responsáveis pelo envelhecimento prematuro do organismo).


A árvore do cacaueiro
O cacaueiro é uma árvore perene originária das florestas tropicais das Américas Central e do Sul, incluindo a Amazónia brasileira. Actualmente, é cultivado em larga escala nos países latinos do continente americano, nas ilhas do Caribe e em África.
A árvore do cacau pode atingir seis metros de altura, apresenta um tronco fino de casca escura, folhas alternas, lanceolado-oblongas, de margem inteira e lisas nas duas faces; as flores são pequenas amarelo-avermelhadas e os frutos, com cerca de 25 centímetros de comprimento, contêm mais de 50 sementes, envoltas numa polpa viscosa e esbranquiçada.


Quem inventou o chocolate?
A utilização do chocolate pelos humanos iniciou-se em 900 a.C., tendo sido os maias os primeiros a cultivar a árvore do cacau e a usar os seus frutos. Seguiram-se os astecas, para quem as sementes de cacau eram tão valiosas que foram empregues como moeda corrente. Este povo inventou o conceito de “chocolate”, pois criou uma bebida espessa e espumosa, designada “xocolatl” ou bebida amarga, prensando as sementes e misturando o resultado com mel e baunilha, em honra do seu imperador Montezuma. Esta bebida considerada sagrada era apenas servida em rituais e cerimónias especiais. O nome científico da planta, Theobroma cacao, atribuído pelo naturalista Lineu, constitui uma homenagem à designação asteca do cacau, significando literalmente “cacau o alimento dos Deuses”.

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