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terça-feira, 22 de abril de 2008

UMA QUESTÃO DE COR

Nem sempre os problemas de pele são democráticos. A dermatologista americana Susan Taylor fala sobre as particularidades das peles morenas e negras e os melhores tratamentos

Como você definiria o termo “pele morena”?
Uso esse termo genericamente. Inclui tons de pele que vão do oliva ou amarelo a peles morenas e negras – abarca asiáticos, latinos, africanos e pessoas de origem mediterrânea. Esses biotipos são atingidos por fatores que não ocorrem em quem é caucasiano, ou seja, quem tem pele branca.

Poderia dar um exemplo?
Eles têm a pele muito sensível. Essa sensibilidade não é perceptível pela maioria das pessoas, pois os danos freqüentemente não são muito visíveis. Também são mais propensos a problemas de cicatrização e hiperpigmentação, resultantes de irritações ou inflamações.

Mas as brancas também sofrem com a inflamação.
Peles morenas e negras contêm grande quantidade de melanina, que é muito reativa. Uma espinha, por exemplo, pode resultar numa marca escura que perdura por anos. Nas peles brancas, os problemas de inflamação estão mais relacionados aos vasos sanguíneos e não à melanina e, conseqüentemente, uma mancha resultante de uma espinha pode desaparecer em alguns dias.

Que outros problemas podem ser característicos da pele morena?
Um estudo no México revelou que 80% de mulheres grávidas apresentavam melasma, caracterizado por manchas largas e irregulares. Entre a população feminina em geral, essa percentagem é somente de 10 a 20%. A pele das asiáticas, entretanto, é a mais sensível entre todos os grupos. Freqüentemente, ela sofre queimaduras quando submetida a exfoliantes à base de ácido lático. No caso das mexicanas, a reação se deve mais à predisposição hereditária. Nas asiáticas, essa irritação talvez esteja relacionada à raça.

O que de fato funciona contra as manchas?
Em termos de hiperpigmentação, cremes formulados com agentes clareadores, como hidroquinona, ácido kójico, arbutin e soja, podem ajudar a clarear as manchas. Peelings químicos e microdermoabrasões também são de grande auxílio. Estão em andamento estudos com grãos de café para combater a hiperpigmentação moderada, mas, por enquanto, só foram feitos testes em peles brancas.

O uso da hidroquinona é polêmico. Ela é realmente uma substância segura?
Não há risco desde que sejam respeitados os níveis máximos permitidos (2% em produtos comerciais e 4% em manipulados). O pior que pode acontecer é o creme causar vermelhidão ou irritação, mas isso só acontece se a pele for sensível ou alérgica ao ingrediente. Tenho verificado em meu consultório que os cremes formulados com hidroquinona são bem tolerados por peles morenas e constatei que o uso por alguns meses geralmente ajuda a clarear as manchas.

De acordo com sua experiência, que tratamentos estéticos são contra-indicados para as peles mais escuras?
Para tratar a hiperpigmentação, nós testamos um dos novos lasers fracionados (que atingem apenas a região a ser tratada, não afetando toda a extensão da pele e tornando a recuperação mais rápida). Descobrimos que os resultados são pouco significativos para a remoção de manchas em peles morenas. Lasers ablativos (mais agressivos e invasivos), como o CO2, podem causar hiper ou hipopigmentação em todos os tons de pele, mas o risco é maior para as não brancas. O que eu aconselho sempre é procurar um profissional que tenha experiência com peles mais escuras.

E em relação a técnicas de preenchimento?
Fiz vários testes com substâncias injetáveis, incluindo o Restilane. Não houve nenhuma ocorrência de quelóides, o que era a minha principal preocupação.

Isso quer dizer que os quelóides são mais freqüentes em morenas e negras?
Embora esse problema seja comum comum a todas as raças, as peles escuras são as mais afetadas. Segundo um estudo feito em Cingapura com pessoas que apresentavam quelóides, 56% delas eram chinesas, 17% malaias e 23% indianas. O quelóide pode ter como origem um corte, uma queimadura, vacina, cirurgia, tatuagem, piercing, espinha, brotoeja. O curioso é que a cicatriz não se desenvolve imediatamente após uma dessas agressões à pele. Às vezes, elas aparecem depois de meses e, em alguns casos, anos.

Existem tratamentos efetivos para combatê-los?
Quelóides são bem difíceis de tratar. Nenhum dos atuais tratamentos funciona em todos os casos. Em certas ocasiões, múltiplos procedimentos são necessários e, ainda assim, não reduzem ou eliminam as cicatrizes. De qualquer forma, vale lembrar que são necessários pelo menos de quatro a seis meses para que qualquer tratamento comece a fazer efeito.

Há outras diferenças significativas entre os vários tons de pele?
As pesquisas têm mostrado que o câncer de pele geralmente se desenvolve em áreas específicas, como as pernas de mulheres de pele branca e as costas dos homens. Nas asiáticas, africanas, americanas e em outras peles morenas, é muito comum que o câncer apareça na palma, na sola dos pés, na boca, em mucosas ou sob as unhas – e em proporção muito maior do que em peles brancas. A melanina natural do organismo oferece alguma proteção contra o câncer de pele causado pelo sol, mas ainda não se sabe por que as lesões ocorrem em áreas não expostas à radiação solar.

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